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Bem-Vindos!
Eu, Sagitário!
Kheiron! Centauro virtuoso e amigo do saber,
que alforriaste Prometeu às garras do inferno,
alçaste aos céus e ali eternizaste sonhos,
por entre estrelas e báratros incontáveis,na impérvia desnudez da Constelação de Sagitário.
Abrolho dessa lírica e sutil nebulosa,
como navegante afoita dos oceanos do céu.
Sibilo a flecha ferina do conhecimento,
nua em pelo e em sons, à poeira divina.
É por essa criatura, meio humana e animal,
que me desfaço em dualidade poética
e reconheço meu ser em desalinho,
no soluço dorido de cavalgada ao léu.
Arrebento em fúria os botões do abismo
e liberto os bicos róseos do meu paraíso
ao sabor da Via Láctea, que louca e lésbia
suga-me os seios sem pedir licença.
Meu leite jorra esquizofrenicamente
e, nesse fado, fadas e demônios alimenta.
Homens e mulheres sacia, para perder-se
no acaso infecundo da fluidez do pensamento.
Kheiron! Lanço-me ao mistério das conchas estelares,
a permitir estupro em amarras vermelhas.
Arreganho-me ao pisotear das patas mitológicas,
cujas bocas ensandecidas devoram meu corpo.
À iniquidade santa do meu verbo danças feliz,
enquanto vertes sêmen ao embalo das minhas pernas.
Preciso arfar na imortalidade deusa que perdesteao desejo de humanidade frágil e pecadora.
Busco a verdade na força desse arco empeçonhado
e, sou teu manto magnânimo, sem jamais ser tua.
O feitiço das minhas veias é a teia do teu prazer
e, sem piedade, a agrura eterna da tua traição.
Sou mulher e cavalo - sei cavalgar-te, fêmea!
Sou cavalo e mulher - sei atiçar meu homem!
De quatro restarei aos teus desejos loucos,
se endeusares o som da minha bocana seiva agridoce do teu estro armado!
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Foto pessoal (2008) sobreposta às imagens dos centauros,
capturadas, separadamente, na Internet. Arte por Sílvia Mota
Cabo Frio, 20 de fevereiro de 2010 - 4h35
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Às saudades... todas as saudades...
Poeta suicida
Há dias aos quais sonho a vida
de forma tão insana,
que desgrudo meu olhar de mim
e afloro primavera queimada.
Hastes secas,
pétalas ressequidas
ao sol do meio dia
- enxerto mal feito -
Há dias aos quais morro em vida
e de forma incontida
revelo a insolência tola
do peito atrevido.
Exibo ao mundo
uma indecorosa felicidade,
que chora escondida
e se amofina à cópula dos ratos.
Há dias aos quais fantasio sexo
através das rendas
e veludos vermelhos
enfurnados na lembrança.
Cubro-me de lingeries
negra, verde, azul, branca...
e colorida de ilusões
enluto-me na saudade.
Há dias aos quais me acavalo
na cauda dos arco-íris
e sumo no vento, pelo Infinito,
a sugar o sexo dos anjos.
Embebedo-me consciente
ao sabor agridoce... gota a gota...
empanturrando-me de vertigem,
até vomitar Eras no paraíso das estrelas.
Nesses dias, aos quais sou humana,
h u m a n a m e n t e monstro de mim,
é preciso estourar os tímpanos
com a granada da Esperança.
Emparedo-me viva – como vampira,
nos poros sanguinolentos da própria pele
e por apodrentar em perfume,
suicida viva, despetalo.
Ao então, quando a escuridão desaba
e o Universo se arrasta aos meus pés
a bolinar-me morta, os meus Eus imortais
arreganham-se em orgasmos múltiplos.
Nessa ménage indescritível
arrombo o sarcófago da inércia
e renasço falena... meio fada... meio bruxa...
borboleta noturna... meio fêmea... meio poeta...Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 30 de março de 2010 – 16h45
Fé, Amor, Paz e Poesia
Nomeada Embaixador Universal da Paz pelo Círculo Universal dos Embaixadores da Paz - Cercle Universel des Ambassadeurs de la Paix - France & Genève Suisse, em 16 de novembro de 2009. Humanista, há vinte e seis anos pratico o Budismo de Nitiren Daishonin, sob o desafio de contribuir para a concretização da Paz Mundial, a exemplo do meu Mestre da Vida, Dr. Daisaku Ikeda. Acredito na mudança interior de cada indivíduo, por meio da cultura. Neste contexto, sob a condição de Mestre em Direito, pela UERJ, meus escritos científicos nascem do anseio de despertar nos leitores um pensamento crítico-reflexivo, para que possamos, juntos, interferir na realidade fática em benefício de um mundo melhor. Quanto aos meus poemas, são as flores de mim. Ofereço-as ao mundo. Através de cada verso, pretendo alegrar os corações, espargindo-lhes um perfume de Amor, Paz e Fé.A dois monstros temo e emudeço - a Morte e o Amor!
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Faustosa pornógrafa
Ensaiei obscenidades
e ocultos fetiches.
Fiz-te meretriz enferma
e pintei teus lábios de sangue
na ânsia de abafar de mim
tua ridícula anemia.
Ensaiei obsessões
e cenas de canibalismo.
Como se fosse numa zona do cais
lavei-te os perfumes naturais
e ao afã de injuriar-te
salpiquei cheiros estranhos no teu chão.
Depois, num ato insano, rameira perfumada,
permiti que homens estúpidos te deflorassem
sob meus olhos concupiscentes...
Foi assim, Orbe Terra, foi assim,
que ao roubar tua juventude explorei teus encantos
e joguei-te indigente aos meus pés... quase morta...
Sílvia Mota a Poeta e Escritora do Amor e da Paz
Cabo Frio, 23 de agosto de 2009 – 23h13************************************************
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